É engraçado que,
quanto mais você procura, menos você acha. É engraçado a força e
proporção que as coisas podem tomar e, o quanto, de forma ou outra,
os fatos conseguem acabar com você.
É como um ciclo e
círculos. É como um anão de jardim enfeitando uma grama amarelada,
ou como trilhos sem trens. É como se houvesse a Terra, o céu, as
nuvens, a densidade e nem uma gota de chuva. E continua…
Continua por aí.
Perdido. Fingindo sanidade como se o mundo fosse o mais quieto
possível, ou o mais simples possível. Simulando falsos afetos,
gestos cínicos e liberdade privada. É como uma música sem voz, sem
melodia, sem instrumentos e composição.
Mas para onde vamos?
Mas de onde somos? E o que fazemos? Só sei que pode ser bonito.
Pode ser bonito o
jeito que tu enxergas, pode ser fiel a maneira que tu faz, pode ser
único o toque que tu tens e verdadeiro a atitude que tu tomas. Pode
ser excepcional no mundo. Pode ser o suficiente e simples.
O vazio pode se
encher. De lágrimas, de risadas, de conversas, de barulho, de
burburinho ou o que estiver a disposição. O vazio pode, de forma ou
outra, se encher de vida.
Depende de quem vê,
depende de quem sente, depende de quem o torna, depende de como é.
Depende de você.
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